domingo, 5 de dezembro de 2010
Passos meus...
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Tal qual fênix, renascendo das cinzas!
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Compreensoes
Compreensões
Viver na verdade.
Viver na autenticidade.
Às vezes me vejo no limite, noutras vezes, o extremo me arremessa os sentidos.
Mas há aqui uma presciência inacabada...um desejo imaculado e inalterável.
Acho que essa tua parte divina que em meu humano me inspira tao bons desejos.
Tu dizes: Que misterio lindo!
Eu respondo: Misterio? Que misterio?
...... Há coisas que eu nao sei, mas Tu gostas de me ver instigada a descubrí-las.
....... Eu vou seguir os passos que Tu deixastes por aqui
....... Quero apenas que amanheça logo!!!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
E a palavra é a forma que encontro de perceber o que talvez não enxergue por mim mesma. Já que as palavras são o resultado do que existe no coração, então leio, releio, pondero e sigo.
Assim vou entendendo o mosaico do qual sou. Por vezes, não entendo coisa alguma. Então deixo que ele fale, desesperadamente fale. Coração tem mania de dizer que é mudo, mas a verdade é que não tem coragem o bastante pra dizer o que pensa de si mesmo e de todo o resto. Então, as mãos cedem gentilmente a ele a oportunidade de falar. Refletidos nas palavras, estão seus intentos. Os dedinhos, então, delicadamente vão psicografando o que o timidamente garoto coração quis esconder.
A verdade - revelada na palavra- é a mais bela profissão de um coração que quer crescer.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Simplesmente Camila
Isso prescinde palavras rebuscadas, sofisticadas. É na simplicidade e na sinceridade qua a verdade vai plasmando nosso interior. Dando forma à existência, na condição em que estamos: processo de feitura; por ser...O que quisermos.
O que quero de mim? Minhas verdades. Não quero jamais ocultar minhas fraquezas, mas vencê-las, partindo da premissa de que sou eu, apenas e exclusivamente eu, a responsável por ultrapassá-las.
Quero sempre a verdade dos princípios, que pela boa educação recebida, foram impressas em mim.
Eu sei quem eu sou. Mas isso não é o bastante, pois é preciso se transformar a partir do que eu sei de mim. Não adiante saber-se entendida se não sei o que fazer com o aquilo que entendo.
Talvez, o passo primeiro seja ver a face refletida nas aguas. Contudo, sabe-se que essas mesmas aguas não estão ali apenas para mostrar meros reflexos, mas são aguas sugestivas, convidando ao mergulho...
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Pra minha vaquinha de presépio
Ok, então está marcado. As 16h30min te espero lá.
Assim terminamos nossa conversa virtual. Marcando uma saída adiada há muito..em 21 de julho de 2010.
Disseram pra mim uma vez que há pessoas que te conquistam de tal forma, acertam bem no centro do coração, de modo que nem o mais atroz inimigo feito distancia é capaz de diminuir o bem que se devota a tal. E assim se fez conosco. Conhecemo-nos num momento de transição: deixávamos o colegial e avançávamos rumo a um universo ate então alheio a nossa realidade: a Academia. Solo sagrado do saber, nossos pés adentraram aquelas terras onde a sarça arde sem nunca se consumir: é a sede do saber que tal qual um presente vindo dos céus instigam os homens a dar sentido as suas existências.
E lá estávamos nós, aprendizes ansiosos por desbravar aquelas terras.
Eu cheguei primeiro. Pontual como sempre. Ela atrasada. Novidade? Acho que não!
Estava sentada esperando que o rito de passagem começasse. Aquelas apresentações básicas e perguntas clichês do tipo: “Digam seu nome e por que escolheram este curso e blá blá blá”.
Trazia em mim uma sensação inquieta. Queria que a sala estivesse logo cheia, pois ansiava por ver os rostos com quem compartilharia praticamente cinco anos de minha vida. Uma sensação embaraçosa estava no ar. Rostos desconhecidos, uns mais arrumados outros menos, baixos, altos, magros e pardos. Sincretismo humano.
De repente, adentra à porta uma guria que me chama atenção. Calma, eu sou hétero. (RSRSR)
Pele bronzeada, cabelos ondulados, rosto juvenil de quem traz a vida nos olhos. Ela não me pareceu comum, acho que foi por isso que neste momento ao vê-la disse comigo mesma: Acho que essa guria vai ser minha amiga. (bom para alguém tão cativante como eu é quase impossível não me amar... rsrsrs).
E assim se fez. Apresentações finalizadas, saímos do recinto em direção à parada, esperando um meio digno de transporte. (é, pode crer se o 352 falasse! Ônibus que tempos depois carinhosamente chamaríamos de “pau –de –arara”!). Descobrimos ali mesmo a primeira de inúmeras afinidades: nós duas (e mais uma cambada*) morávamos na mesma Zona (de risco) da cidade.
E aquele ônibus, foi o nascituro desta amizade que no transcorrer destes anos, firmou-se espontânea e legitimamente. Seguia-se uma hora (ou mais) de conversas jogadas fora, onde estabelecíamos através de perguntas simples de nossas historias uma cumplicidade que nos ‘casaria à alma’, como tão bem intuiu Deodato*, ops, quis dizer Aristóteles, ou seria Sócrates?? Bom, qualquer um dos filósofos aí da Grécia.
Mas nós não tínhamos dimensão disso. Do sentimento, da irmandade que se construiria, do amor com que nossos corações se cativariam. Será que eu sou o principezinho ou a raposa? Ate hoje não sei... Bom, mas assim se fez: cumplicidade que um dia nos faria una. Risadas a perder as contas formam a tessitura deste bem-me-quer. (Não sei por que ate hoje você ri das minhas patuscadas?).
Acho que é porque eu faço piada de tudo, ate da minha sombra. Tropeço em meus próprios pés (carinhosamente chamados por mamãe de ‘pés de gancho’) entro no banheiro dos homens porque por um instante achei que o bonequinho da placa usava vestido, e só me dava conta quando...no coment! Amarelo ao esbarrar diante de paixões surreais e faço desta amiga um escudo... Tomo seus braços e saio correndo campus abaixo lembra? E o dito cujo correndo atrás de mim. Utilizo-a como escudo, mas fica calada ele percebe meu infantilismo....srrsrs.
E tantos outros momentos, não é Di? E, um dos mais lindos que vivemos ate hoje foi justamente o daquele dia em que nossos corações fizeram-se uno. E era como se em uníssono nossas vozes cantassem a mesma música, no mesmo tom e intensidades iguais. Surpreendente mística esta de se ter bons amigos. “Uma mesma alma habitando dois corpos”. Sim, sentimento indiviso transmutado noutros corações. Esta é a mística de Deus. Amor divino que se faz humano, materializando-se no que podemos chamar de amigo. Continuidade de Deus no mundo.
E concordo, convictamente com Pe. Fábio de Melo ao dizer que “religião é ter bons amigos”. Ah, suspiro demoradamente e digo que sim, pois os amigos são alento na hora do cansaço, ânimo na hora da fraqueza, vida para o coração e musica para a alma. É por isso e por outras coisas que sou feliz, mesmo quando tudo parece desabar. Lembro-me desses anjos sem asas que Deus colocou em minha vida. Anjos que antecipam o céu para mim. Imagem visível do Deus invisível.
Aaaah, as mãos de Deus são as suas mãos em minha vida.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Alivi - ando...
Sempre soube que nunca nos bastamos a nós mesmos, mas confesso que me agrada a idéia de que sim, poderíamos nos bastar. Sei que isso soa deliberada e grotescamente egoísta, mas não desconsidero que também seja altruísta. Sim, altruísta consigo mesmo.
Mas meus desejos não se convergem. As palavras precedem as ações, estas não a seguem. Então surge o conflito de ver-se desobedecida e incompreendida por sim mesma. Quero, mas não faço. E se faço, não é de todo como queria. Paradoxos existenciais e intermitentes, descompassados e insistentes. Será meu coração bipolar? Tantas incongruências assim me assustam, pois não consigo conter essas incessantes indagações que fervilham dentro de mim. Preciso do outro, sim eu sei. Mas não busco no outro o que preciso. Não me refiro aqui a simplesmente buscar no outro o que eu preciso de forma fria e calculista. Vai alem... Refiro-me aqui a abraços que podem me aquecer, sorrisos que podem me alegrar e mãos que unidas as minhas, me incitam a ir em frente.
Pronto. Na aparente teoria está estabelecida uma dependência que na prática – essência faz-se pedagogia do amor. Eu dependo do humano para ser cada vez mais humana. Ser humana me consome e me instiga a ultrapassar a aparência e chegar a completude do que a essência pode me proporcionar.
Sou portadora da humanidade, e por ser, sofro. Sofro com o sentimento de me sentir múltipla e desconexa e tudo isso em segundos ao mesmo tempo, quando, por força dessa humanidade minhas limitações sob a forma de fraturas expostas me mostram onde e como doem essas incongruências. Mas isso é o que justamente tece o meu processo de feitura e antecipa a possibilidade de sarar o que sangra.
Não vou me assustar. Meus olhos antes arregalados pela força do receio, permanecerão normais, mas não os impedirei de chorar, pois umedecendo a visão, possa ser que eu veja melhor.
Continuidades...
A sua face, seu sorriso, seu perfume estará guardado na minha caixinha de lembranças felizes. Não há por que esquecer quem se amou e o quão bom outrem nos fez.
Se a vida em seus percalços não me permite estar perto, assim o farei. Distancio-me o tempo necessário para que o coração se aqueça e entenda que a mística do viver consiste justamente em errar, acertar e errar de novo, quantas vezes preciso for. É este processo que bombeia o sangue para as veias da alma. A tessitura que vai formando minha casa interior.
Não permitirei que o coração carregue os desagravos da humanidade. Trevo é assim: ora bem-me-quer ora mal-me-quer. Convido a maturidade a desbravar minhas terras e o respeito para residir em minha tenda, residir e estabelecer moradia em campo por tempos imorredouros. Fique. Sente-se. Conte-me histórias.
Pausa.
Respiro fundo. Olho ao redor e vejo o campo e seus trigais. Caminho.
Sigo. Sento. Respiro e continuo. A cada passo estou mais perto do que é meu.
A visão ainda não permite vislumbrar o porto. Mas vejo lá ao longe uma árvore. A árvore que com sua sombra sugere descanso. Deito. Adormeço. A terra me acolhe em seus braços. O húmus divide com meu corpo sua força criadora. Um dia, me transformará em flor. Mas agora não; agora apenas me ensina a arte do plantar e colher.
Hoje, plantei girassóis.