quarta-feira, 31 de março de 2010





Lembro de uma época em que eu era mais fiel... Fiel aos meus sonhos, fiel ao coração, à minha própria vontade. Vontade de quê? De não parar nunca.
Sentava-me lá na frente de casa e, sob a égide de um céu estrelado, punha-me a tecer os mais preciosos sonhos que visitavam a alma.
Não sei como nem de que forma a voz melodiosa da monotonia fê-los adormecer, em meio à penumbra de uma solidão que tentou cerceá-los.
É como estar preso numa caixa de vidro defronte ao oceano. Vislumbro toda a maravilha ...as ondas que uma por sobre as outras vão escrevendo sua história de idas e vindas no chão sacramentado da areia; as palmeiras que embaladas pelo vento, executam a mais perfeita sinfonia tal qual as ágeis mãos de um maestro a comandar sua orquestra; e estes pássaros dançarinos...vão escrevendo no papel azul do céu sua liberdade.
Estou batendo forte contra essa parede de vidro. Já percebo uma pequena rachadura que se fez pelo impacto das batidas incessantes de minhas mãos. E falta pouco, muito pouco para que essas paredes se quebrem.
Durante todo este tenpo, a única coisa que pude ouvir foram as badaladas de um sino que ao longe, me incitam os ouvidos a convencer os pés a ceder-lhes o pedido de ir em busca...Mais além. Não sei onde fica este lugar, mas pelo tilintar dos sinos, deixarei que a senhorita curiosidade me conduza até lá.
Só que antes, quero experimentar tudo o que por força da parede de vidro não pude.
E digo a ti: Vem, vem desenhar a minha alma e esculpir tua impressão neste coração, que tal qual a pedra,guarda silenciosa e humildemente dentro de si, o que o escultor se pôs a lapidar...o que nela sempre existiu.

Vivendo e aprendendo...




Cada pessoa tem o direito de encontrar a felicidade. Seja ao nosso lado, seja longe, seja onde nunca mais poderemos vê-la.
Cada pessoa tem o direito de escolher os passos que querem dar. O passo para perto, para longe ou não dar passo algum.
Ser pessoa inesquecível é para poucos, você se torna inesquecível e é feito inesquecível.
Devemos viver cada dia, esperar pelas agonias do hoje, sem se preocupar com o amanhã. O amanhã trará as venturas e desventuras do amanhã.
Sair da vida de uma pessoa pode representar que você já fez seu papel. É impossível que conheçamos alguém e esse alguém não mude 1% em nós; e nós, nela. Ficar para sempre, nem sempre é a melhor forma de amar.
Se esquecer é difícil, lembre-se das outras situações que foi obrigado a esquecer. Você esqueceu, aprendeu, mudou, valeu a pena.
Orgulhe-se pelo que aconteceu, por ver a pessoa querida, feliz!
Seja inesquecível, inigualável, irreverente. Deixe o amor nascer, não tente pegar uma muda, plantá-la em outro lugar e regar. Por mais que nasça, não será seu. A terra pode ser boa, mas não houve semente.
Aceitar pode parecer doloroso, mas a esperança deve se renovar a cada dia. Deve regar a terra de nosso coração. Ame e deixe amar. Creia! Deus é o Senhor do tempo, sabe cada instante que precisamos.
Recebi esta carta de uma colega...palavras de sabedoria!!!

terça-feira, 23 de março de 2010

A menina que fala enquanto dorme...





Eu ainda acredito que a forma mais bela de amor, algumas vezes, se dê pela via do sacrifício.
Faço-me explicar: respeitar o outro na sua inteireza, como território que contém uma dignidade irrenunciável. Respeitar o seu contexto, seja ele qual for, sabendo que este, por sua vez, abarca outros seres, que também merecem o mesmo respeito.
As cartas estão postas na mesa, todavia não há como se esconder algumas na manga. Seria contraproducente, desleal consigo mesmo e com os demais.
O Amor não é um jogo aritmético, onde possa ser comparado a um triangulo.
Que o coração tem razões que a própria razão desconhece eu acredito, mas às vezes é doloroso e fatigante desbravar em minúcias o que leva um coração a elaborar estas razões descontínuas e contrárias...será isso o avesso da razão?
Neste momento não sei o que falar, então sigo apenas sentindo... Plena e verdadeiramente sentindo, buscando um sentido que amenize a não concretização do que poderia ter sido.
Mas o que não foi tem a sua razão de não ser. Complexo? Nem tanto assim... Cabe a eu processar ao entendimento a verdade dos fatos que elimina quaisquer argumentos.
A diligência nestes casos ajuda, pelo menos não me perco em infantilismos desnecessários.
Amadurecer dói... Confesso que sinto saudade dos tempos de meninice quando pedia a minha mãe o que não estava ao alcance de minha mão e ela, prontamente, servia-me o desejo manifesto. Se ela pudesse, se eu pudesse. (brevemente risos!)
Mas enquanto não posso...repito baixinho a mim mesma: SAA...o que é isso?
Sigo aprendendo a amar...!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Desabafo II

Não adianta ficar se lamentando pelo que passou, pelo que poderia ter sido e não foi.
Nem sempre as coisas são como nós queremos tampouco as pessoas como nós desejamos.
Por vezes me perco em pensamentos do tipo: “Poxa...se tivesse dado certo!”; “Como seria bom que aquilo tivesse acontecido...” e blá blá blá etc e tal...
Alguém uma vez me disse que felicidade não é ter tudo o que eu quero, mas é querer tudo o que eu tenho. Bom, levando por essa lógica, dá para amenizar um pouco as angústias do coração e as neuras sem conta a perambular pela cabeça.
E assim, no dia –a –dia, na simplicidade da vida vou aprendendo a valorizar tudo o que tenho. Seguir a vida por esse paradigma requer calma, porque nossa alma é inquieta, às vezes intransigente, e não raras vezes, insatisfeita e insaciável. Isso não é de todo ruim, mas se não colocarmos rédeas curtas entre o que queremos e o que podemos, acabamos por nos perder em desejos mil, criando uma inquietude desnecessária e opressora.
Quando nossa paz interior é prejudicada, a lâmpada do alerta precisa automaticamente ser acionada.
É no silêncio do chão da minha realidade que vou construindo essa história de felicidade, e como o livro da vida é o meu, proponho com veemência que todos os dias essa história terá um final feliz. Não vou delegar a ninguém o lápis a riscar o chão da minha existência.
Posso não ter tudo o que quero e quem eu queria, mas ninguém me iludiu dizendo que tudo isso aqui seria fácil. E assim eu vou seguindo... aprendendo a amar quem faz parte da minha vida , aproximando os que estão um pouco distantes.
O que eu quero de fato é fazer-me amada, não por outrem, mas por mim mesma!
O que eu quero, é a felicidade de todos os dias, distribuídas em bom dia calorosos e sorrisos dos transeuntes deste chão... O olhar simples daquela criança que vai ao colo de sua mãe e que com toda a pureza da alma, fixa o olhar em qualquer um que passa... (tive eu a sorte de esta ali) ,o sorriso do neném traquino que mexe no meu cabelo ou puxa o tecido da minha roupa e quando você o olha, sorri, e ele instantaneamente solta aquele sorriso gostosão , e mesmo sem um dente na boca, é o sorriso mais lindo que você pode receber...a gratuidade da felicidade.
Quero aprender com vocês crianças essa capacidade de simplesmente ser feliz e nada mais. Chega de maiores explicações... Basta ser feliz e nada mais. Mesmo que o mundo desabe lá fora, não vai ser capaz de derrubar minha casa interior.
Ninguém pode viver por mim. Ninguém pode fazer por mim... Só eu e apenas eu vou poder construir os sonhos que tenho aqui... E eles sempre serão versamente proporcionais a força que eu tiver dentro de mim.
Amigos não deixem que os problemas os dominem ou que as pessoas roubem o nosso prazer de viver. Nossa vida é tão curta, portanto, não nos deixemos abater pelo que quer que seja.
Digamos não a tudo e a todos que queira nos inferiorizar/subjugar. Mas também, renunciemos a todo egoísmo que limite nossa visão e a todo medo que cerceie nossa liberdade. Pois de fato, um princípio cristão que sempre estará em voga é o seguinte: “ Amar ao próximo como a si mesmo!”. Observe bem: a si mesmo. Portanto, o pilar que vai sustentar nossa vida é o amor a nós mesmos, e isso não é nem um pouco egoísta, haja vista que só podemos dar aos outros aquilo que temos conosco, portanto o amor é uma delas.
Pensemos assim, pois o que a boca fala o ouvido escuta e a mente crê!!!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Clarice Lispector

sexta-feira, 5 de março de 2010

Recebi por e-mail...achei deveras interessante!!!

Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!


DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!
SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS

quinta-feira, 4 de março de 2010

" Noé foi bêbado. Abraão era muito velho. Isaac era um partidarista e até injusto. Jacó era mentiroso. Lia era muito feia. José foi escravo e assediado. Moisés foi um assassino ( assim como Davi e Paulo). Ester era orfã e prisioneira de guerra. Gedeão era medroso. Sansão tinha cabelos longos. Raab era prostituta. Davi adulterou. Jeremias e Timóteo eram muito jovens. Elias era depressivo-suicida. Isaías pregou nu. Jonas fugiu de Deus.. Noemi era viúva. Jó perdeu tudo. João Batista comia gafanhotos. João era introspectivo. Os discípulos dormiram enquanto oravam. Marta se preocupava com tudo. Felipe via dificuldades. Maria Madalena era endemoniada. O garoto com os peixes e pãesera desconhecido (e é até hoje...srrsrs). A mulher samaritana teve muitos homens. Zaqueu era muito baixo. Pedro era muito impulsivo. Marcos tinha desistido de tudo. Timóteo tinha úlcera de estômago. E Lazáro, esse...já até havia morrido.

Estes foram grandes homens que tiveram motivos e dificuldades para serem servos de Deus. No entanto, podemos reparar que não é possível encontrar nenhum erro sequer nas Sagradas Escrituras sobre as atitudes de Maria. Ora, se Deus usou poderosamente esses grandes personagens da Bíblia, que cometeram grandes pecados, que tiveram atitudes não condizentes com o Evangelho, ou ainda fraquezas humanas, será qeu Deus não teria usado ainda mais poderosamente a sua mãe.
Não tenho dúvidas que sim!!!"

Extraí esse texto de um dos livros do Godri Jr.
É deveras interessante e reflexivo!!!

" Nasci no dia primeiro de abril em um ano bissexto.
Na vida sou primeira - dona, mas meu coração é prístino.
Sou a próclise do verbo ser; autóctone de minha existência (...) ora prolixa, ora provinciana, às vezes verborrágica; ora impulsiva, ora racional e quase nunca simples.
Não sei falar o que sei de mim, então apenas sinto!!!
Ás vezes sinto-me celeuma, abstrata, noutras vezes confesso-me hilota...para acalmar só a dialética.
O postulado cartesiano me auxilia de vez em quando, mas nem sempre...nessas horas então penso que sou acéfala.
Mas, como sempre, a maiêutica Divina me salva, dizendo: "Ei...o que é isso sua maluquinha. STOP! Dá um tempo garotinha. É tudo tão simples: você é filha do céu!"
Responde a Ele: Peraí, mas que há uma presciência inacabada aqui, simbiose, metamorfose...isso há sim!
Ah...obrigada pela paciência!!!
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Por hora ando só passando o tempo e como não sou boa em cruzadinhas ( OBS: e não adianta forçar a barra mãe!!!), meu passatempo é caçar palavras no dicionário...OPS, dicionário o caramba, mais respeito, Aurélio é meu amigoooo: arborícola de meus sentimentos.
Aff, chega, cansei-me desta metábole!
Só sei que o Homem de Nazaré é meu Lord...sou feliz por contar sempre com sua presença em minha vida. Obrigada por me reformar todos os dias.

PS: CUIDADO! REFORMA: SOU OBRA EM COSNTRUÇÃO!
E esse negócio de que pau que nasce torto mija fora do pinico é mentiraaaaaa. Todo mundo tem jeito nessa vida...Eu tenho...!"

A verdade de mim proferida pelo outro...

Realmente é verdade: aqueles que mais amamos são os que mais nos magoam. Talvez seja porque eles digam as verdades que por vezes ignoramos. Os que convivem conosco tem esse poder de, através da convivencia, enxergar o que nem sempre vemos com tanta clareza.
Bom, eu sempre tive essa preocupação de observar meus pensamentos que traduzem o meu comportamento. Mas é claro, nunca deixei que isso se tornasse uma obsessão a ponto do outro regrar a forma como vivo. Mas nem sempre eu tenho esse olhar de abrangência, a ponto de assimilar minhas incongruências. Talvez o outro, às vezes, ajude-me a enxergar o que minha percepção não alcança. Será que consigo estabelecer uma convergência entre o que eu e o outro sabe de mim?.
Um dia desses, Pe. Fábio de Melo disse: " Eu visto pelo outro nem sempre sou eu mesmo". Concordo com ele. Mas acredito que a convivência é uma forma que o outro tem de conhecer de maneira mais precisa e verdadeira o que eu sou. Apenas o partilhamento do cotidiano vai revelando em fragmentos ao outro a totalidade do que eu sou; assim como, apenas a introspecção vai revelando a mim mesmo o que o outro pensa mas não sabe de mim.
Confesso que encarar a si mesmo, o que chamam de auto-análise, para mim não é algo tão fácil e simples de se fazer. Digo isso porque tenho uma tendência ao exagero. Ou me vejo/compreendo demais ou de menos. Preciso de calma, de demora para me avaliar, para pesar o que o outro disse, seja sobre mim ou sobre qualquer situação da vida. Obviamente que tenho opiniões formadas sobre mim/vida, mas sempre gosto de ponderar um pouquinho sobre o que outro disse ou fez. Isso para mim é aprendizagem.
Mas como disse agora pouco, há momentos em que o outro revela a mim o que eu faço questão de ocultar. A verdade dói mesmo. Mas ela só dói quando dita por alguém que tem o direito de dizê-la. É preciso cuidado para não nos influenciarmos ou perdermos em achismos alheios e contrários ao nosso bem. A palavra tem o impacto proporcional ao tamanho da importancia que delegamos a outrem.
Não são todos que tem esse poder, apenas os que me amam podem falar alguma coisa a respeito de mim. E é por isso que, mesmo doendo ouvir "certas coisas" acerca de mim mesma, acolho as palavras daquele a quem por direito pode proferi-las e a quem logicamente eu estimo o suficiente a ponto de escutar.
Suas palavras são benditas, pois não suavizam meus defeitos. Tomo-las por travessia...são a ponte que me levarão a atingir a meta tão almejada: o amadurecimento.

O que é simples e o que é fácil?

Gosto de pensar a vida nessa ótica...palavras que podem ser lidas em um olhar: um eu te amo silencioso mas que faz a alma gritar dando pulos de felicidade.
Aos meu quinze anos te encontrei...naquele deserto, e desde então, acredito convictamente que o deserto também é um lugar de encontro. O silêncio que é rompido pelo alvoroço desses monstrinhos vorazes que insistem em me incomodar...Aiiii, pensamentos desta alminha. É preciso pensar "isso" ou "aquilo" mesmo quando não quero, porque não posso simplesmente ignorar a parte não tão agradavel do que eu sou.
O amor não se tem pela metade, tampouco eu quero a metade de mim. Quero a plenitude de tudo o que puder ser e fazer.
Neste intervalo, estou aprendendo que não posso ser conivente com minhas fraquezas ou com o comodismo de situações que acalmam provisoriamente uma realidade que não tenho coragem de enfrentar.
Mas há coisas na vida da qual não podemos fugir, do contrário, seremos pessoinhas tolas e ingênuas, almas imaturas que se dão ao luxo de fazer apenas o necessário, de pensar apenas o que querem e de ficar onde sempre seja mais cômodo estar.
Onde está o poder daquelas palavras de ânimo que proferimos a outrem, mas que não raras vezes inexistem em nossa mente, pelo acumulo exagerado de preocupações e pela presença arbitrária de medos desnecessários?
Um dia desses em um desabafo virtual com um amigo, disse: "A vida não é fácil!". Respondeu-me: " Fácil ela é, só não é simples."
Como pode ser isso?Segundo Jano a questão é a seguinte: " Fácil é algo que se executa ou se obtém sem maiores dificuldades. A facilidade de alguma coisa é determinável pela análise da dificuldade (pouca) que encontramos em executá-la ou obtê-la.

Simples é algo composto de elemento único, ou não-complexo. A simplicidade de uma coisa é determinável pela análise de sua complexidade ou número de elementos.

É possível que algo fácil seja tanto simples, como também complexo.
É possível que algo simples seja tanto fácil, como também difícil, de se executar ou de se obter.

Deu para entender? Enquanto isso vou tecendo meu mosaico...srsrrs
26 Fev 2010

quarta-feira, 3 de março de 2010

O cansaço faz parte do caminho...

Há momentos em que o sentimento que nos domina é um cansaço profundo, vontade de dormir e acordar apenas quando todas as coisas estiverem resolvidas.
Imagem ingênua da vida essa, sentimento mesquinho o que tenta nos aprisionar num mundo em que o único rei são os nossos dilemas, os nosso problemas, os nossos infindáveis "nossos"...problemas que se avolumam por falta de coragem, medos que se agigantam por uma visão pequena....se soubéssemos que poderíamos ter ido mais longe. Quantas coisas maravilhosas deixamos escapar de nossos dedos, quantas conquistas fenomenais simplesmente passam, porque nos acostumamos a ver a festa apenas da janela. É como aquela alegria que, contagiante, não transforma um coração que se acostumou com a monotonia.
É preciso muita ousadia para romper os grilhões que nos prendem a nós mesmos. Alguém uma vez já disse que é mais fácil vencer uma guerra do que uma batalha consigo mesmo. Sim, isso é verdade, porque cabe a nós o papel de libertador ou flagelador de nossos sonhos, projetos, ideais. Cada palavra que sai de nossa boca quando não acompanha nossos passos, gera uma sensação de incapacidade, limitação e improdutividade.
Mas, se nos fixarmos apenas em experiências ruins do passado, impediremos que nossos olhos se lancem além do horizonte limitado que criamos e estabelecemos a nós mesmos. É preciso ir além, mesmo que seja vagarosamente, não importa se isso signifique dar um passo a cada dia...amanhã vou dar mais um!!!


INVICTUS...poema victoriano de William e Henley


" Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum existe,
Por minh'alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - a ainda trago
Minha cabeça - embora em sangeu - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o munod espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma."



Conheci este poema assistindo ao filme que leva o mesmo nome. Trata de um dos grandes personagens políticos que já conheci: Nelson Mandela.
Pelo poema, dá para perceber que o cara era durão...não se deixaba subjugar por ninguém, tampouco se abatia perante às intempéries da vida. Que lição de vida.
Através deste filme e lendo um pouquinho sobre a biografia da pessoa que o inspira, pude refletir como é que se faz uma boa política. Percebi que não adianta o status quo ( sistema) criar mil e uma alternativas mirabolantes se o primordial permanecer intocável: o interior do homem. Mudam-se os discursos, mudam-se os líderes políticos e cada partido apregoa uma filosofia diferente: uns são essencialmente socialistas; esses parcialmente, outros capitalistas; outros nem tanto assim...e o caráter do homem ....como fica?
Sim, pois há infindáveis posturas políticas e iúmeras outras surgirão, mas se a estrutura que as consolida, isto é, o próprio homem, permanecer intacto, não terá milagre que dê jeito nas mazelas sem fim a atingir a sociedade.
E este filme, desenvolvido em um profundo contexto de desiguadade/discriminação (fim do aparthaid), retrata bem como um líder deve se portar diante daqueles que o nomearam. Lidar com os conflitos de um povo que foi não apenas socialmente espoliado, mas psicologicamente massacrado, por ter sua esperança roubada e sua dignidade ignorada, literalmente não deve ser muito fácil não.
Por isso é que se diz que inteligência e conhecimento é habilidade, enquanto que sabedoria é essencialmente uma qualidade.
E, passar tanto anos em uma prisão como este ser humano passou, sem deixar seus sonhos arrefecerem...é arte de poucos, hoje em dia. Preciso aprender com estas pessoas!
Em um dos trechos do filme, num dialogo com o capitão do time da África do Sul, ele indaga o jovem: " Qual sua filosofia de liderança?". Ao que o bom moço responde: " O exemplo senhor...o exemplo!". " Não basta apenas o exemplo, é preciso também inspiração!. Responde categoricamente ele ao moçoilo.
Sem dúvida, não basta apenas o exemplo, pois muitos por aí estão demasiadamente desacreditados até mesmo para seguir o exemplo de quem quer que seja. Para isso, portanto, precisam ser estimulados, e para estimular, é preciso inspiração...para fazer o outro perceber o que suas mazelas obstruíram e o que seu olhar cansado lhe roubou.
Genial o filme...e certamente o indico para quem anda assim um tanto cabisbaixo.
O perdão liberta a alma...concluo meus pensamentos com umas das frases de Mandiba, como carinhosamente Mandela era chamado pelos seus compatriotas!

terça-feira, 2 de março de 2010

Palavras...

Cuidado: As palavras também podem transliterar uma essência que não existe, ou quem sabe, está perdida e latente em algum lugar em nós.
E hoje está irrevogavelmente decretado, que as palavras confessarão o que o coração tentou sufocar e transparecerá limpidamente o que um olhar furtivo quis omitir.
A partir de hoje ...eu serei minnhas palavras!Clique acima para adicionar ao artigo (210.jpg)

Florescendo...

Eu quero poder quebrar essa pedras interiores e deixar que o sol do amor maior rasgue o véu da noite escura de minha cidade fortificada.
Hum...as rosas congeladas estão ganhando vida!
Sinto ao longe o perfume que o vento traz...ouço o tilintar da água escorrendo por entre as pedras...
Hum...delícia isso. O sol vai derretendo os floquinhos de neve que repousavam sob as rosas...

O essencial é invisível aos olhos, como bem disse Exupery,

A Essência pediu para ficar.
Chegou de mansinho como quem não quer nada, olhar demorado de quem não tem pressa para ir e foi fazendo sua morada por aqui.
Nada impôs, apenas propos uma outra forma de enxergar.
Mostrou-me em minúcias o que é ver face a face e não mais como por um espelho.
Sua face refletida em minha face. Pronto: desde então brinca alegre com esta pequena alma que precisa alargar-se todos os dias,
para receber porções sempre maiores de seu amor.
Também foi me ensinando a beleza do calar, a mágica contida no silêncio que em vozes mudas, declara pelo olhar em tons imperativos
como é que se dever fazer para seguir aprendendo a amar.
Foi pairando sobre o caos de minha aparência, despontando clara e compassadamente seus primeiros raios de Sol maior.
Fez germinar, sob a luz ofusca do entardecer, aquela flor...a Rosa de Saron, que exalando o seu perfume, transformou o ar rarefeito da alma.
Ufaaaaa, agora estou respirando bem melhor!
Revelou-me ainda o valor da solidão e do silêncio, frutuosos que são, sob a graça de suas Bem-Aventuraças.
Sussurrou-me demoradamente, para que entedesse de uma vez por todas, que a saudade é a mais bela forma de ficar no outro
e que é preferível a ausência acolhedora do que a presença arbitrária, pois a ausência, nascituro da saudade, dá existência ao coração de quem se lembra.
E em meio a estas pedras e estas flores, a Essência estava lá...sentado, sob o sol de meio-dia, pôs-se a chamar assim:
"Psiiiuuu...ei, você aí, vem cá. Senta um pouco aqui. Queres água? Tenho comigo a que jorra para a vida eterna.
Uau..nossa, vida eterna! - repito embasbacada com suas palavras. Eterno...hum, aquilo que dura para sempre? afirmo entre risos minha grande constatação.
Mais do que isso, sua boba - Rindo de mim, toca no queixo e com um olhar de três-marias conclui: "Antes do eterno, vem o intervalo!"
Hã...intervalo no eterno? Não entendi bulhufas...peraí - falo apressadamente.
Ele me abraça e me diz: " Deixa que eu vou te mostrar!"
Aiiii...seduziste-me e eu me deixei seduzir. Foste mais forte do que eu e me venceste...e fim.
Sem palavras e sem sons...em tuas mãos meus diamantes...!