sexta-feira, 30 de abril de 2010

Fala coração....fala que eu te escuto!!!


PS: Vou escrever na areia pra água apagar...

As horas estão passando e meu deu uma vontade súbita de escrever...
A distância é assim: impõe a nós a face gélida do esquecimento. Já consigo sentir os primeiros resquícios de inverno a nebular tua lembrança aqui. Sim, porque a ausência abre uma lacuna, e esta, é preenchida pela neblina do divagar...divagar que vai arrefecendo o devaneio, transformando em manso o que agitava o coração. É...coração é bichinho que, com o tempo, domestica-se. Penso que os acontecimentos diminutos tem me feito ser assim: demoro o tempo que carece pra recuperação, mas nao imponho a mim mesma o semblante de vitimado na historia da vida...DESINSTALA-TE, susssurra o coração. Então, começo a aquecer os pés, preparando-os para a árdua tarefa de desbravar em territorio seu o que a si mesmo pertence. Complicado? Não é não, basta sentir para entender.... o sentimento que se finge alheio, é obrigado a torna-se cônscio de sua responsabilidade na ação a empreender...
Pausa...
Respira ....
Aquieta .....
Compila ......
As palavras, como brasas vivas, derreterão a neve a impedir as mãos de andar.
Sim, mão tambem anda...porque quando o pé prende-se ao chão, a mão toma-lhe o oficio de esperançar...é. ESPERANÇAR: esperar e avançar.
Então, gritam uns dedinhos aos outros: Avanteeeeeeee...e embainhando a espada, põem-se a rabiscar as (des) venturas, (dis) sabores desta guerra. Bem sabeis que viver é guerrear com o inimigo que, disfarçado de um melindroso eu, flagela, se fraco o Eu estiver, a alma que lhe apetecer... É improvavel que este euzinho, tipo fura-bolo- desmanha-prazeres, saia incólume, pois o Eu, maior de todos, beneficamente, agirá em favor de si mesmo...


PAUSA DE NOVO


Aquieta,
Olha,
Percebe: basta uma palavra para que surja a tua flor...

Espera - inspira - degusta : A palavra fogo aquece e a palavra amor consola...
Diz em alto forte e bom som: Amor.
Deseja - acalma - expira - chama: verbo-carnedoamor-ama
segue...em frente... a vida é uma reticência...


quarta-feira, 28 de abril de 2010

Camila no país das maravilhas....

Extraído do Blog Acervo da Alma

Paulo Mendes Campos

"... Quando ela chegou à idade avançada de 15 anos e eu lhe dei de presente o livro Alice no País das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.
Escuta: se não descobrires um sentido na lo ucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da realidade. A realidade, Maria, é louca.
Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice faz à gatinha: "Fala a verdade, Dinah, já comeste um morcego?"
Não te espante s quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é o lugar comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás. Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira.
A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável. Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas, nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrad os conseguem abrir uma porta bem fechada e vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos tão bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção petulante de esperar dela grandes conseqüências. Quando Alice comeu o bolo, e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece geralmente às pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser séria ou profunda.
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg your pardon!” Pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo para a tua sabedoria de bolso: se gostas de gato; experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gatos se fosses eu?”.
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política, nacional e internacional, nos cl ubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namorados, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos, que, quando os corredores chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não conseguirá saber quem venceu. Para o bolso: se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre aonde queres, ganhaste.
Disse o ratinho: "Minha história é longa e triste!" Ouvirás i sso milhares de vezes. Como ouvirás a terrível variante: "Minha vida daria um romance". Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois um romance é só o jeito de contar uma vida, foge, polida mas energicamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: "Minha vida daria um romance!" Sobretudo aos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria.
Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar. Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desesperes ao triste pensamento de Alice: "Devo estar diminuindo de novo". Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.
E escuta esta parábola perfeita: Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser hoje um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida toda uma quantidade imensa de camundongos que parecem hipopótamos e de rinocerontes que parecem camundongos. O jeit o é rir no caso da primeira confusão e ficar bem disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nossos domínios disfarçado de camundongo. Mas como tomar o pequeno por grande e o grande por pequeno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom-humor. Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para o humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para o humor que a gente precisa ter quando está sozinho para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de sofrimento ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas. Cuidado, Maria, com as grandes ocasiões.
Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas".
Conclusão: a própria dor tem a sua medida. É feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça..."
(Do livro “O Colunista do Morro”, Editora do Autor – Rio de Janeiro, 1965)

quinta-feira, 15 de abril de 2010


Aiiiiiiiiiiiiiiiiii...Tô cansada de estar cansada. Preciso voar. Quando vou sair desse casulo???
PS: Socoorroooooooo

A menina dos pés de ferro e do coração alado...



O tempo está passando...E o coração vai, ' a passos lentos', aprendendo a mística de guardar o que é eterno.
Confesso que hoje sou bem menos sonhadora do que nos meus tempos primaveris. Isto é culpa de quem? Culpa dos meus pés que seguiram à risca quando lhe disseram que deveriam permanecer fincados no chão da realidade. Pés exagerados mesmo!
Mas meu coração é criança. E como tal, não pode ficar sem aprontar das suas peripécias unindo-as a porções grandiosas de imaginação.
" Não se prenda a sonhos!" - gritam os pés furiosos lá de baixo. O coração estica-se um pouquinho para olhá-lo e responde: " Pé, ôhh seu pé, enche a paciência não sôh. Fique no chão, pois é você quem sustenta a estrutura na qual habito, mas não me impeça de voar. Tenho asas pra quê?! Não fui feito para o chão. Anseio pelas alturas."
Hoje, compreendo que sem o coração os pés não poderiam seguir adiante, pois, ao voar, láaaa no alto, o coração pode observar os percaulços do caminho e segredar ao pé o que viu.
Assim, pés e coração coexistem, insissoluvelmente existem. Levam o transeunte a caminhar seguramente em direção ao que sonha o coração.
Depois de tanto brigarem, eles estão se entendendo. Ah, e todos os dias tomam chá às três da tarde no chalé da alma.
Dupla dinâmica essa!
Quem os leva é um outro coração e outros pés, que tendo experimentado as venturas e desventuras da vida, aprendeu a arte do bem viver.
Não há mal-me-quer que resita a um coração sorridente e a pés seguros de si.
Eles sabem quem são.
Agora, o Sr. Pé está aprendendo a voar com a Srta. Coração. Será que isso vai dar certo?!
Tô paganoooooo...

Carta para minha mãe...





Hoje, quero te agradecer por ter me guardado em teu ventre durante aquele tempo.
Tempo em que a alma, pequena alma, hibernava, permitindo ao corpo florescer.
Como era quentinha minha primeira casa: eu dentro de você, recebendo do teu corpo o alimento que me fortalecia...enquanto o teu amor bombeava sangue ao meu frágil coração.
Muitas vezes, dizia ao teu coração que batesse mais baixo, porque ansiava por ouvir a tua voz, principalmente quando no silêncio da noite, desabafavas comigo, contando os teus sonhos, dos quais eu já fazia parte e era o melhor e maior de todos.
A única coisa que achava chata naquele período, era a imensa curiosidade que tinha de ver tua face. Ouvia a palavra mamãe e treinava em silêncio o momento de pronunciá-la.
Quando sinto saudades de lá, pego em tuas mãos e me transporto ao melhor lugar do mundo:
seguro, aconchegante...uma lareira na cabana de minha vida.
Confesso-te que gosto de ouvir que me pareço contigo, que tenho tuas feições.
Mas, o que quero mesmo é ter um coração igual ao teu: a mesma força, o mesma alegria, o mesmo vigor.
Sinto-me então, como o desdobramento desse teu coração que ama.
Manifestação corpórea do teu melhor sonho. Sendo assim, sou a pessoa mais feliz do mundo, porque sou filha de rainha. E, sendo tua filha, sou filha do Rei.
Obrigada por permitir que eu fosse a continuidade da tua existência.
Teu sim foi minha carta de envio.
Cheguei direitinho e enquanto não volto, peço-te: ensina-me como viver!
Revela em silêncio o que o olha confessa à alma. Demora-te aqui. E, quando não puderes mais ficar, olha pra mim mesmo assim!
Mãe, eu te amo!
Obrigada por ser quem és.
Teu nome, lindo que é, traz consigo o significado do que sinto por ti: corações que como cordas estão unidos por um forte laço.
Anseio pela eternidade de um tempo que virá, onde o Rei selará definitivamente tua permanênica em minha vida...Lá não haverá despedidas, pois será sempre amanhecer!!!

Lord in my life

















Meu pensamento vive em voce...
A luz do meu viver, Senhor!

Basta entrar e eu me abri pra te amar
Nem precisa perguntar: te amo.

Há um clima todo diferente que aquece e mexe com o coração da gente.
É como um sonho...é como um sonho
Eu me dou por inteiro, teu é o meu coração.
E ao teu lado eu sempre sigo
Já não há mais talvez
Basta querer pra te ver outra vez

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Forevermente...


Eu so quero um silêncio que acolha as palavras que não consigopronunciar em voz alta!
E um tempo que acompanhe os passos deste pés que ora correm, ora param e depois voltam a caminhar.
Quero a capacidade de sacramentar no chão de minha existência os olhares que por mim passam. De segurar em outras mãos que, por vezes, fria como as minhas, precisam se encontrar para aquecerem-se.
De abraços que, em tempos solitários, encontram outros braços para debelar a frieza que maltrata.
Precisa falar nada não...sente-se e apenas me faça companhia.
Palavras nem sempre traduzem o que o coração quer falar. Então, é só ficar, ficar perto, quieto...
presente.
Nem sempre dá para ficar..então transformo a saudade em lembrança acolhedora, que vivifica na memória a presença desejosa de concretização.
Se pudesse...ah, se eu pudesse, não deixava ninguém ir. Não existiria partida e eu seria sempre um ponto de chegada a todos.
Uma espécie de ancoradouro!
Já que não é assim, cada um que por mim passa, transformo em estrela: meu céu está cheio delas...Meu olhar, desde então, transformou-se em constelação agora, ponho-me a contar os carneirinhos!

quinta-feira, 8 de abril de 2010























Há quem acredite em amor à primeira vista! Bom, se este amor existe, então também há amizade à primeiríssima vista. Pessoas que de forma simples e calma aparecem em nossas vidas e com as quais compartilhamos vivências, de forma tão silenciosa e rápida que passam a ter espaço "vip" em nossos corações.

A Amizade é uma das -senão a maior de todas - formas de amar, porque a importância que o outro passa a ter revela a necessidade que temos de ter sempre com quem contar. Se me aproximo de ti, é porque minha alma por primeiro sorriu a tua alma, sem palavras e sem sons a empatia aconteceu.

Se abro a você o território sagrado do meu coração, é porque, antes de tudo, reconheci que os seus pés tem passos calmos e demorados para pisar o chão da minha existência. Passos de caminhante que não estã só de passagem, mas que chegou para ficar.

Ô guriaaaa...só temos amigos porque percebemos em nõs uma incompletude que apenas o outro pode preencher. E o melhor de tudo é justamente o prazer que a amizadade nos proporciona de aprender com o outro o que ainda não sabemos e de ensinar o que outros amigos já nos ensinaram. O mais belo nisso tudo é reconhecermos que tais como as cartas, assim Deus nos destina um ao endereço dos outros.

Então guria é isso...espero que fiques. Convido-te a adentrar a tenda de minha existência...para que, através do tempo, possas unir-te ao meu coração e ouvi-lo sussurrar e segredar ao teu coração o valor de uma verdadeira e grande amizade. Brindemos ao tempo: ele é nosso aliado!
Ternurinhas ao teu coração...

Ah...amizade é que nem o encontro das águas

sinto saudades ...

É ...saudade é trevo de três folhas. Arranquei a última e lancei-a ao vento, antes que me desse conta de que se tratava da temerosa mal-me-quer.
Tudo bem...amigo brisa leva ela daqui. Quero não...basta o cheirinho que já deixou nesta terra.
Dia desses respiro fundo para lembrar. Mas por ora, fico com o bem-me-quer desse sorriso meu mesmo...meio sem jeito, mas que vai sorrindo mesmo assim de tudo, e tudo inclui até de mim mesma.
Calma...só estou fazendo silêncio para ouvir melhor o que tenho a dizer para mim e, paciência nunca é demais, afinal...eu estava com hipotermia existencial.

AMOR...mais forte que a morte!




OLHA EU AÍ...CARAMBA! QUEM É QUE TA AÍ DO MEU LADO MESMO???

lá lá laaaaaaaaaaaaaah





Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta

Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca

Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza

Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria

O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta

TEM MEDO DE CARA FEIA???



Se cara feia incomoda...imagine essa?!
Eu falei que era para me deixar quieta, estava no meu canto.
Foi brincar com fogo...depois clamou misericórdia!
Sou mau não, só que às vezes meu humor é deveras negro!
Leis de Murph, tipo: " Viva cada dia como se fosse o último, um dia você acerta!"

HÃ? GHOST...LEMBRANÇAS DE OUTRA VIDA!






AS PALAVRAS TORNAM-SE DESNECESSÁRIAS E INOPORTUNAS COM A SINCERIDADE DESTE OLHAR!

QUE QUI ÉH..TAH ME OLHANDO POR QUÊ? VAI ENCARAR...?!


Sinceramente....tem dias que estou sem nenhuma paciência com os outros e comigo mesma!
Se passar por mim e não sorrir...dou língua!
Se não me der bom dia...leva uma voadora!
Se me der um tchau forçado....viro a cara!
Se me der um abraço frouxo...leva um pedala...
Afff, desse jeito é melhor nem se aproximar!





AFF...TEM DIAS QUE NÃO SEI NÃO ÓHHHH, SÓ TENDO MUITA PACIÊNCIA!





DESCULPE...EU SÓ QUERIA AJUDAR!!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Desabafo I ...




Dia desses em minhas andanças literárias, deparei-me com a frase deste inigualável escritor, chamado Eduardo Galeano. Ei-la: " Somos o que fazemos, mas somos, principalmente o que fazemos para mudar aquilo que somos".
A frase, deveras impactante, encaixou-se perfeitamente em meu pormenor afetivo, e a bater-me a cara com luvas de pelica, despertou - me a alma.
E é assim...nossas ações sempre revelam a essência que nos motiva a agir. E, se essa essência é positiva e dinâmica, então vamos sempre querer alcançar nossas melhoras. Melhora de comportamento, linguajar, carater...a melhora da excelência de nossas melhoras.
E assim, cheguei a conclusão de que estou cansada de exigir pouco de mim e de voltar atrás, quando deveria decididamente prosseguir.
Se pensar no outro e no que pode ser melhor a ele, em alguma coisa vier a me prejudicar, então sinceramente não vale a pena investir em certos sacrifícios. Não é justo você se excluir por piedade de alguém, isto não é amor, é comiseração!
Quando percebo que o amor que tenho ao próximo, prejudica o proximo mais proximo de mim - eu mesma- então há algo errado nesse amor. Não posso beneficar alguém se isso significar prejudicar alguma parte de mim.
Chega de querer colocar "panos quentes" a fim de tentar amenizar alguma situação.
Não preciso agir de forma incorreta se o pensamento já o é. Afinal, o pensamento dá a luz à ação. Chega! São os principios que movem minhas atitudes e não o contrário. O sim deve ser sim e o não deve ser não. É redundante, mas é fato. O meio termo é causticante...Não tenho paciência para isso.

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PS: Tua visão abrange o que meu coração não alcança e teu amor dá vida ao que minha limitação tentou sufocar. Alguns dizem que Você não existe. Então, penso cá com meus botões: Se não existisses, trataria de te inventar!

" Aprendendo a juntar as mãos: unidas elas são mais fortes"



Naquela noite o vento estava forte, mas forte do que o normal. Trazia consigo o aviso de uma tempestade que não tardaria.
De repente, ela chegou - a tempestade - acompanhada de seus raios a quebrar a escuridão daquela noite que insistia em ficar.
As águas agitaram-se rapidamente e o barco, à deriva, tornou-se marionete das águas. Foi aí que senti medo de perder-me no breu. Desesperei a alma e acordei o coração.
Via apenas e somente a intempérie, de modo que minha visão maior ficou impedida de enxergar um certo alguém, que quietinho, dormia em meu barquinho.
Cabeça reclinada ao travesseiro, um rosto sereno de quem sonha estar comendo o seu bolo predileto.
Ele ali, dormindo, eu eu aqui, gritando!
De tanto gritar te acordo, assustado, interrompendo o teu sono. Sou birrenta, teimosa, não me aquieto enquanto não te levantas.
Te levantas. Fita-me por uns instantes. Dás uma batidinha de camaradagem em meus ombros e dizes:" Eu estou aqui! Por acaso não me viste? Estava ali, dormindo. Tomei emprestado teu travesseiro e, antes que me esqueça, que cheirinho delicioso teus cabelos deixaram ali. E agora, anda, dize-me, o que tens, por que gritas?!
Então eu corro, atiro-me em teus braços, e aos soluços digo: " Nada não, tava com medo mas já passou!"
Ele então olha pra mim, olhar que exclui palavras porque traz em si a linguagem do coração. Coração é mudo, mas tem o sentido da visão, visão bem apurada.
Só te vi levantar a voz uma vez na vida e foi naquela noite, quando acalmaste minha tempestade existencial, ao dizer num tom imperativo: "BASTA".
Atônita, pergunto-me: " O que aconteceu? A chuva parou, a ventania cessou, a água acalmou!!!"
Em profunda admiração e respeitoso silêncio, pergunto-me:" Quem é este que até o mar e os ventos obedecem?!"
Estou vivendo para descobrir...