Naquela noite o vento estava forte, mas forte do que o normal. Trazia consigo o aviso de uma tempestade que não tardaria.
De repente, ela chegou - a tempestade - acompanhada de seus raios a quebrar a escuridão daquela noite que insistia em ficar.
As águas agitaram-se rapidamente e o barco, à deriva, tornou-se marionete das águas. Foi aí que senti medo de perder-me no breu. Desesperei a alma e acordei o coração.
Via apenas e somente a intempérie, de modo que minha visão maior ficou impedida de enxergar um certo alguém, que quietinho, dormia em meu barquinho.
Cabeça reclinada ao travesseiro, um rosto sereno de quem sonha estar comendo o seu bolo predileto.
Ele ali, dormindo, eu eu aqui, gritando!
De tanto gritar te acordo, assustado, interrompendo o teu sono. Sou birrenta, teimosa, não me aquieto enquanto não te levantas.
Te levantas. Fita-me por uns instantes. Dás uma batidinha de camaradagem em meus ombros e dizes:" Eu estou aqui! Por acaso não me viste? Estava ali, dormindo. Tomei emprestado teu travesseiro e, antes que me esqueça, que cheirinho delicioso teus cabelos deixaram ali. E agora, anda, dize-me, o que tens, por que gritas?!
Então eu corro, atiro-me em teus braços, e aos soluços digo: " Nada não, tava com medo mas já passou!"
Ele então olha pra mim, olhar que exclui palavras porque traz em si a linguagem do coração. Coração é mudo, mas tem o sentido da visão, visão bem apurada.
Só te vi levantar a voz uma vez na vida e foi naquela noite, quando acalmaste minha tempestade existencial, ao dizer num tom imperativo: "BASTA".
Atônita, pergunto-me: " O que aconteceu? A chuva parou, a ventania cessou, a água acalmou!!!"
Em profunda admiração e respeitoso silêncio, pergunto-me:" Quem é este que até o mar e os ventos obedecem?!"
Estou vivendo para descobrir...
De repente, ela chegou - a tempestade - acompanhada de seus raios a quebrar a escuridão daquela noite que insistia em ficar.
As águas agitaram-se rapidamente e o barco, à deriva, tornou-se marionete das águas. Foi aí que senti medo de perder-me no breu. Desesperei a alma e acordei o coração.
Via apenas e somente a intempérie, de modo que minha visão maior ficou impedida de enxergar um certo alguém, que quietinho, dormia em meu barquinho.
Cabeça reclinada ao travesseiro, um rosto sereno de quem sonha estar comendo o seu bolo predileto.
Ele ali, dormindo, eu eu aqui, gritando!
De tanto gritar te acordo, assustado, interrompendo o teu sono. Sou birrenta, teimosa, não me aquieto enquanto não te levantas.
Te levantas. Fita-me por uns instantes. Dás uma batidinha de camaradagem em meus ombros e dizes:" Eu estou aqui! Por acaso não me viste? Estava ali, dormindo. Tomei emprestado teu travesseiro e, antes que me esqueça, que cheirinho delicioso teus cabelos deixaram ali. E agora, anda, dize-me, o que tens, por que gritas?!
Então eu corro, atiro-me em teus braços, e aos soluços digo: " Nada não, tava com medo mas já passou!"
Ele então olha pra mim, olhar que exclui palavras porque traz em si a linguagem do coração. Coração é mudo, mas tem o sentido da visão, visão bem apurada.
Só te vi levantar a voz uma vez na vida e foi naquela noite, quando acalmaste minha tempestade existencial, ao dizer num tom imperativo: "BASTA".
Atônita, pergunto-me: " O que aconteceu? A chuva parou, a ventania cessou, a água acalmou!!!"
Em profunda admiração e respeitoso silêncio, pergunto-me:" Quem é este que até o mar e os ventos obedecem?!"
Estou vivendo para descobrir...
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