quinta-feira, 15 de abril de 2010

Carta para minha mãe...





Hoje, quero te agradecer por ter me guardado em teu ventre durante aquele tempo.
Tempo em que a alma, pequena alma, hibernava, permitindo ao corpo florescer.
Como era quentinha minha primeira casa: eu dentro de você, recebendo do teu corpo o alimento que me fortalecia...enquanto o teu amor bombeava sangue ao meu frágil coração.
Muitas vezes, dizia ao teu coração que batesse mais baixo, porque ansiava por ouvir a tua voz, principalmente quando no silêncio da noite, desabafavas comigo, contando os teus sonhos, dos quais eu já fazia parte e era o melhor e maior de todos.
A única coisa que achava chata naquele período, era a imensa curiosidade que tinha de ver tua face. Ouvia a palavra mamãe e treinava em silêncio o momento de pronunciá-la.
Quando sinto saudades de lá, pego em tuas mãos e me transporto ao melhor lugar do mundo:
seguro, aconchegante...uma lareira na cabana de minha vida.
Confesso-te que gosto de ouvir que me pareço contigo, que tenho tuas feições.
Mas, o que quero mesmo é ter um coração igual ao teu: a mesma força, o mesma alegria, o mesmo vigor.
Sinto-me então, como o desdobramento desse teu coração que ama.
Manifestação corpórea do teu melhor sonho. Sendo assim, sou a pessoa mais feliz do mundo, porque sou filha de rainha. E, sendo tua filha, sou filha do Rei.
Obrigada por permitir que eu fosse a continuidade da tua existência.
Teu sim foi minha carta de envio.
Cheguei direitinho e enquanto não volto, peço-te: ensina-me como viver!
Revela em silêncio o que o olha confessa à alma. Demora-te aqui. E, quando não puderes mais ficar, olha pra mim mesmo assim!
Mãe, eu te amo!
Obrigada por ser quem és.
Teu nome, lindo que é, traz consigo o significado do que sinto por ti: corações que como cordas estão unidos por um forte laço.
Anseio pela eternidade de um tempo que virá, onde o Rei selará definitivamente tua permanênica em minha vida...Lá não haverá despedidas, pois será sempre amanhecer!!!

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