quarta-feira, 3 de março de 2010

INVICTUS...poema victoriano de William e Henley


" Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum existe,
Por minh'alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - a ainda trago
Minha cabeça - embora em sangeu - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o munod espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma."



Conheci este poema assistindo ao filme que leva o mesmo nome. Trata de um dos grandes personagens políticos que já conheci: Nelson Mandela.
Pelo poema, dá para perceber que o cara era durão...não se deixaba subjugar por ninguém, tampouco se abatia perante às intempéries da vida. Que lição de vida.
Através deste filme e lendo um pouquinho sobre a biografia da pessoa que o inspira, pude refletir como é que se faz uma boa política. Percebi que não adianta o status quo ( sistema) criar mil e uma alternativas mirabolantes se o primordial permanecer intocável: o interior do homem. Mudam-se os discursos, mudam-se os líderes políticos e cada partido apregoa uma filosofia diferente: uns são essencialmente socialistas; esses parcialmente, outros capitalistas; outros nem tanto assim...e o caráter do homem ....como fica?
Sim, pois há infindáveis posturas políticas e iúmeras outras surgirão, mas se a estrutura que as consolida, isto é, o próprio homem, permanecer intacto, não terá milagre que dê jeito nas mazelas sem fim a atingir a sociedade.
E este filme, desenvolvido em um profundo contexto de desiguadade/discriminação (fim do aparthaid), retrata bem como um líder deve se portar diante daqueles que o nomearam. Lidar com os conflitos de um povo que foi não apenas socialmente espoliado, mas psicologicamente massacrado, por ter sua esperança roubada e sua dignidade ignorada, literalmente não deve ser muito fácil não.
Por isso é que se diz que inteligência e conhecimento é habilidade, enquanto que sabedoria é essencialmente uma qualidade.
E, passar tanto anos em uma prisão como este ser humano passou, sem deixar seus sonhos arrefecerem...é arte de poucos, hoje em dia. Preciso aprender com estas pessoas!
Em um dos trechos do filme, num dialogo com o capitão do time da África do Sul, ele indaga o jovem: " Qual sua filosofia de liderança?". Ao que o bom moço responde: " O exemplo senhor...o exemplo!". " Não basta apenas o exemplo, é preciso também inspiração!. Responde categoricamente ele ao moçoilo.
Sem dúvida, não basta apenas o exemplo, pois muitos por aí estão demasiadamente desacreditados até mesmo para seguir o exemplo de quem quer que seja. Para isso, portanto, precisam ser estimulados, e para estimular, é preciso inspiração...para fazer o outro perceber o que suas mazelas obstruíram e o que seu olhar cansado lhe roubou.
Genial o filme...e certamente o indico para quem anda assim um tanto cabisbaixo.
O perdão liberta a alma...concluo meus pensamentos com umas das frases de Mandiba, como carinhosamente Mandela era chamado pelos seus compatriotas!

2 comentários:

  1. Adorei esse poema e fiquei encantado com o filme.

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  2. tive a oprtunidade de assistir o filme e conhecer esse poema maravilhoso, realmente é inspirador, assim como a história de Mandela

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