terça-feira, 18 de maio de 2010

Ao meu tio...


Tenho saudades dos momentos que não vivi ao lado teu...
Quanto você se foi, deixou em mim o desejo de compartilhar da tua presença. Presença que por força da vida foi só ausência.
E naquele dia, quando ao toque do telefone, recebi a fatídica notícia de que não estavas mais aqui, senti um vazio no peito e um gosto de fel na boca.
Dor doída essa de perder prematuramente qie ainda poderíamos amar. Amar mais e amar melhor. E é sempre assim: depois e sempre depois, vemos que poderia ter sido diferente, que poderíamos ter tido mais tempo para usufruir de bons momentos em família.
Não tenho muitas lembranças de você. Mas a sua marca registrada está por aí...aquele barulho de caminhão com aquela voz rouca que rasgando o silêncio lá de casa, carinhosamente chamava-me de filha.
Mas os teus olhos grandões e aquela boca que de tao fininha parecia só um risco, ainda passeia por aqui e todos os dias me acorda às 05:00 da matina.
Bom, a vida sempre vai seguir...e um dia qualquer desses nos veremos de novo.

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