Guarde as suas boas palavras
Não preciso de nenhuma delas
Queria a sua presença
Mas há somente ausência
Não quero só atenção
Exigi seu coração
Não quis dar, então se vá
Não quero uma presença faz-de-conta
Abraços devem ser reais
Olhares que abarcam sonhos
Mãos que seguras, levantam do chão asas que precisam de impulso pra voar
Quisera fosses vento, tomaria em teus braços abraços que tecessem força
Leves contigo as lembranças, cartas e palavras
O silencio acalma o barulho que a ausência faz
Nina o desejo de ver-se incompleto a metade que não quis ficar
És o trevo de mal-me-quer
Lanço-te fora... Devolvo-te a face, o sorriso e o olhar
Toma o que é teu... Meus sonhos são usurpações do que és
Imagino em terras minhas flores que não me pertencem
Girassol que rouba o meu sol para o lado que é teu
Não sou intrusa, respeito a delimitação do tempo e do espaço
O tempo que nos difere em anos, refletidos num espaço que separa a alma
Dei-te a chave, quebrei as algemas com que dantes te prendera em minha vã esperança
Assim, adormeço embalada pela voz do poeta que diz: amam metade os que amam com esperança, posto que amar sem esperança é o verdadeiro amor.
Por isso não te busco, não te falo mais, não lanço um olhar que seja
A esperança dorme e não ei de importuná-la.
Palavras cheias de emoção, por assim serem, comovem.
ResponderExcluir"Abraços devem ser reais."
Abraços reais.