sexta-feira, 9 de julho de 2010

Toda silêncio, tudo coração


Gosto de ler suas palavras. Elas revelam uma parte em mim que ainda não sei dizer.
Há coisas aqui que, por hora, prescindem tradução.
E é sempre assim: o meu olhar revela o que a fala não quis gritar.
Mas, o que faço, posto que não há olhar, não há fala...Há apenas palavras, palavras escritas, psicografia do amor.
A simbiose dos corações: dessemelhantes, distantes, estranhos, mas na alma irmanados pelo poder de palavrear.
A metáfora revela o que não cabe no tempo: simbologia que ameniza as dissonâncias de minha criança interior.
De incongruências eu sou feita.
Coração feito colcha de retalhos vai tecendo seu mosaico, utilizando-se do que há de mais simples: o sorriso que recebeu pela manhã, o olhar que apressado esbarrou no meu, mas que em milesimos de segundos, fizeram-se um só. A mesma lua que te ilumina, vejo-a do lado de cá, mas é a luz refletida nas aguas de minha terra que atraem!
O mesmo vento que te toca a face, brinca do lado de cá com os meus cabelos...
Digo que a distância inexiste, quando pela força da palavra, leio em palavras tuas, segredos meus.
Coração nem sempre carece de presença. Basta caneta, papel e pronto: as confissões em palavras.
Estas mesmas palavras traduzem o que meu coração, dormindo, apenas balbuciou.
E é simples: apaixono-me por inspiração...

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